quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

E no meio do caminho tinha...

Pois é, o blog estava esquecido, abandonado. Talvez estivesse perdido naquela outra vida que tínhamos antes dessa pandemia insana começar. Passaram-se 2 anos dessa ingrata convivência com a COVID-19 rondando nossa vida, tirando nossa paz e liberdade. E ainda deixando todo dia com aquela cara de "Dia da Marmota" (pra quem é xóvem, Dia da Marmota é um filme de 1993, onde o personagem principal estava preso numa repetição do mesmo dia). Bom, a pandemia não acabou, o dia da marmota marca presença ainda, porém, às vezes, algo novo acontece. Hoje foi assim...

Eram 6:30 da manhã de uma quinta-feira estranha, sem rodízio para meu carro, pois uma mega cratera surgiu ao lado da obra do metrô na Marginal Tietê e o trânsito sem caótico ficou um pouco pior. Sem rodízio significa para mim um dia sem stress no trânsito. Posso atrasar 10 minutos sem pensar na multa que poderei receber. 

No caminho para o colégio da Sofia e do Tomás, numa rua quase deserta por onde passávamos, vi uma pomba branca no meio da rua. Estava longe e era óbvio que ela sairia dali até meu carro passar. Fomos chegando perto, mais perto, bem pertinho... A pomba, um tanto gorda, estava imóvel. Quando já estava quase passando por cima e esperando que ela desse aquele voo assustado como as pombas sempre fazem, veio a surpresa! Não era uma pomba branca gorda e preguiçosa. Era um pato! Um pato branco no meio da rua. Parei o carro assustada e esperei o bicho andar lentamente até a calçada.  


No banco de trás, Tomás falou:


- Mãe, se você tivesse atropelado o pato eu nunca mais falaria com você!


E Sofia completou:


- E eu ia ficar traumatizada para sempre!!!


O pato seguiu seu caminho, provavelmente em busca do Parque da Água Branca, e nós continuamos nosso percurso incrédulos com a cena inusitada em pleno centro da cidade.