quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cavalheiro


Na saída da escola, Tomás diz:

- Mãe, podemos esperar até minha "Prof." sair?
- Por que, Tomás?
- Pra dar carona pra ela.
- Poxa, Tomás, mas não sei se ela vai demorar...
- Por favor, mãe. Você entra lá (na escola) e pergunta se ela vai demorar.
- Não posso, Tomás... mas espero um pouco aqui fora pra ver se ela sai, ok?


A "Prof." mora perto do colégio e várias vezes já pegou carona conosco.

Alguns minutos passaram-se e lá vem ela, pronta pra ir embora. Tomás sai correndo e vai até ela oferecer a carona.
Carona aceita. Professora levada à porta de seu prédio.

Depois que ela se despede e vai embora, Tomás fala pra mim:

- Sabe, mãe, minha "Prof." não tem carro, então eu PRECISO dar carona pra ela sempre.


É ou não é um cavalheiro?






terça-feira, 28 de abril de 2015

Babá por 5 minutos


Momento amor entre irmãos ontem à noite lá em casa.

A brincadeira começou com "O restaurante da Sofia". Os pratos eram preparados no quarto dela e Tomás ficava na sala fazendo seus pedidos, chamando a garçonete/cozinheira com um sino (na verdade eles diziam que era um sino, mas, na falta de um, improvisaram com uma tampa de panela e uma colher).

Foram uns 10 pratos servidos e alguns deles dados na boca do Tomás. 
Depois de alimentar o irmão na boca algumas vezes, Sofia tomou gosto pela coisa, abandonou a função de garçonete/cozinheira e incorporou uma babá. Tomás, sem questionar, entrou de cabeça na brincadeira e fazia tudo o que ela mandava.

Uns 5 minutos se passaram e Sofia vem em minha direção, bufando, pisando forte no chão e diz:

- Olha, seu filho dá muito trabalho, viu! Eu me demito!!!!

E fim da brincadeira.






sexta-feira, 17 de abril de 2015

Irmãos, uma relação de amor e ódio



Sofia e Tomás têm aquela característica típica de irmãos, vivem entre o amor e o ódio.

Em um minuto, estão juntinhos no sofá dando risadas de um desenho. No minuto seguinte estão em guerra, disputando o controle remoto.
E cenas desse tipo repetem-se todos os dias. Quase sempre, muitas vezes por dia...

Ontem Sofia passou a tarde na casa de uma amiga e Tomás ficou longas horas sem a irmã. Longas, porque, mesmo passeando a tarde toda comigo, ele perguntou umas 50 vezes se já era a hora de buscar a Sofia.

À noite, estávamos tomando lanche no shopping, só eu e ele, e veio o desabafo:

- Mãe, sabe... não é tão divertido sem a Sofia...

:(

Após o lanche, fomos, finalmente, buscar a irmã amada.
E sabe o que eles fizeram?
Brigaram um pouquinho!!!


Programa só eu e ele

terça-feira, 7 de abril de 2015

Com emoção


Terça-feira fria, chuvosa.
Correria matinal, como sempre. 
Mochilas, lancheiras e duas crianças para arrumar e tentar sair de casa no horário.
Tudo ok até chegar o momento de colocar uniforme na Sofia. Sempre calorenta e vaidosa, começou a chorar quando viu que uma camiseta manga longa estava separada para ela. Argumento vai, argumento vem, camiseta colocada e lágrimas enxugadas.
Estava tudo pronto para sairmos, se não fosse um detalhe: hoje é o dia do brinquedo. Aquele dia feliz em que eles podem escolher algo para levar e brincar com os amigos. Digo "algo", porque a Sofia não costuma levar exatamente o que se pode chamar de brinquedo. A escolha de hoje eu só descobri, infelizmente, no elevador, ao colocar a sacola no chão e ouvir um barulho... de vidro.

- Sofia, o que você está levando?
- Elásticos, fivelas, escova, gel...
- E que barulho foi esse de vidro?

Nem esperei a resposta e olhei a sacola. Um vidro enorme de perfume.

- Sofia, não pode levar perfume pra escola! Muito menos de vidro, pode acontecer um acidente.

Tirei o perfume e tentei colocá-lo na minha bolsa. Porém, eu estava segurando a bolsa, uma mochila de academia, uma caixa com coisas para levar ao escritório e um Batman gigante do Tomás (que nesse momento estava NO COLO da Sofia, que se ofereceu pra carregá-lo até o carro já que ele estava com muito sono).
Resultado? O perfume escapou da minha mão e Sofia teve o exemplo vivo do tipo de acidente que poderia ter acontecido na escola...  O vidro de perfume espatifou no chão do elevador. No reflexo, tentando evitar a queda, derrubei o Batman em cima da poça de perfume! Pronto, o caos estava completo! Só que ficou ainda mais dramático, com Sofia gritando:

- A CULPA É MINHA, A CULPA É MINHA!!!! EU SOU MUUUUUITO TONTA MESMO! A CULPA É MINHA!

E Tomás completando:

- MEU BATMAN, MEU BATMAN! ELE ESTÁ TODO MOLHADO!!!!

E nesse momento de extrema paz e tranquilidade, com minutos contados para chegar na hora na escola, respirei fundo, tirei todo mundo do elevador, recolhi os cacos, levei para o lixo, interfonei pra portaria pedindo socorro de uma faxineira, enxuguei o Batman (que foi perfumadíssimo pra escola!) e coloquei todos no carro.

E assim, com muita emoção, começamos nosso dia!!!!