sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tomás e o trem



Tomás está cada dia mais fofo, mais carinhoso, mais falante. Só que não é como a Sofia, que fala palavras inventadas divertidíssimas. O menino fala, fala, fala, fala muito! Faz frases longas, com palavras complicadas e (quase tudo) certinho! Digamos que não ajuda muito a mãe a aumentar o repertório de histórias para o blog, mas tudo bem...

Desde sempre ele ama animais e carrinhos. Sendo esses de verdade ou de brinquedo, ele trata da mesma maneira, como se os bichinhos ou os carrinhos precisassem de comida, bebida, proteção; como se tivessem vida.

Há alguns meses o coração do Tomás foi tomado completamente por um novo amor: o trem! Ele acorda pedindo o trem, olha pela janela procurando o trem, quer ver desenho de trem (tudo bem, ele alterna com desenhos de leão, mas com o trem no colo). Quando vê um trem passando na rua é muita emoção, grita: “o trem, o trem!!!!”, como se fosse a primeira vez que estivesse vendo.

Minha sogra mora bem ao lado de uma linha de trem. Claro que o Tomás AMA passar horas por lá, em cima do sofá, vendo o trem passar pra lá, pra cá, dois trens juntos, trem azul, trem vermelho.

E um dia desses lá está o Tomás, no sofá vendo seu amigo trem. De repente começa a chover. Desespero!


O trem tá molhando!!!!!

Depois, mais calmo, ele dá tchau, manda beijos pro trenzinho antes de voltar pra casa.

Bom, pra ele, o trem é uma pessoa, com sentimentos, com fome, com frio e não tem quem mude essa opinião.

Ontem eu não aguentei... Estávamos chegando em casa, Tomás sentadinho em sua cadeirinha do carro e de repente fala:


- O trem está comendo MANANA e MAÇA.

Não é uma fofura?


Meu menino MUNITO e eu.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Banho de esguicho x banho de piscina


Nessa semana lembrei tanto da minha época de colégio... mais precisamente do tempo em que estudei no Gávea. Deixou tantas saudades, tantas boas lembranças. Um colégio especial, que, infelizmente,  terminou há 23 anos para dar lugar a um condomínio de prédios... 

Bem, mas, voltando às lembranças...

Quando chegava o fim do ano, época de festas e muito calor, ia em nossa agenda uma cartinha para os pais avisando que teríamos um banho de esguicho e que deveríamos levar maiô e toalha.

Era uma delícia! Toda a criançada no pátio segurando-se pra não cair no chão com o jato de água (era usada a mangueira de incêndio, pelo que me lembro. Pelo menos, na minha concepção, era um jato muito forte!).


Relembrei dessa época, porque veio nas agendas das crianças um aviso sobre o banho coletivo. Só que não foi como o meu, de esguicho, houve um upgrade, agora é uma piscina! Portátil, pequena, mas uma piscina.

A farra tem sido das boas! A criançada passou a semana na piscinha amenizando os efeitos do calorão que está fazendo por aqui.

No dia em que as fotos abaixo foram tiradas ainda houve, na turma da Sofia, um picnic e um amigo secreto. O sorteio dos amigos foi na hora e a grande surpresa foi que a ruiva ganhou o presente daquele que ela diz ser seu "namolado", o Lucas. 

Bom, para quem duvidava se o namoro era pra valer, rolou até um beijo caprichado de agradecimento do presente...



Farra na piscina!
Que surpresa!!!

é mole?!


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Furar ou não furar?


Quando Sofia nasceu decidimos não fazer furos em suas orelhas e deixá-la decidir, futuramente, se queria ou não.
Perto de completar 3 anos, leonina extremamente vaidosa, ela começou a pedir diariamente para usar brincos. Só que os brincos de pressão, que vinham nas bolsinhas da Barbie não serviam. Tinham que ser brincos de verdade!
E lá fui eu pesquisar acupunturistas para furar o ponto certo da orelha, usando anestésico, uma coisa menos traumática.
Só que a Sofia tinha pressa…
Um dia, voltando da escola, insistiu tanto no assunto que acabamos indo até a farmácia da esquina para ver se furavam. Eu tinha certeza de que íamos apenas dar uma volta no quarteirão, porque hoje em dia é difícil achar uma farmácia que faça esse "serviço". 
Mas a da esquina de casa faz.
Chegando lá, ela já estava decidida, furaria naquele momento. Escolheu o brinco e, feliz da vida, sentou no banquinho. Porém, foi só ver a pistola e o arrependimento começou... A coitada da moça da farmácia ficou sentindo-se a própria torturadora infantil. De pistola na mão, a garotinha chorando, os outros clientes olhando.
Após meia hora de drama, o furo saiu. E dá-lhe berreiro! Não sei o que foi pior, a dor que ela sentiu ou o barulho que a pistola fez. Bom, mas entre um soluço e outro, uma olhadinha no espelho e lá estava o brinco tão desejado, lindo, rosa!
Pronto! Sofia agora usava BRINCO. Assim mesmo, no singular. Depois do primeiro furo ela não achou mais a ideia tão boa e voltou pra casa com um brinco só...
OBS: no dia seguinte, a vaidade falou mais alto. Ela quis voltar à farmácia e encarar novamente a pistola. Com o mesmo drama, com a mesma quantidade de lágrimas, mas, novamente, com sua recompensa! O brinco de verdade na orelha!


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O plano (in)falível


30 anos atrás, em dezembro.

A menina, com 6 anos, olhinhos puxados, cabelinho de índia, cara de sapeca, passa ligeira pela sala. Olha para um lado, olha pro outro. Ninguém. Foca seu alvo, a árvore de Natal.
Vai até ela, tira o máximo de enfeites que consegue no intervalo de 1 minuto, espalha-os pelo chão e volta correndo pro quarto. Aguarda...

O grito! 

“Quem tirou os enfeites da árvore?!!!”


A menina, astuta, disfarça e aparece depois de um tempo na sala, olha pra “arte”... depois olha pra gata (Tutty) e diz, com tom de reprovação: 

“Ai, Tutty, que feio! De novo!!!” (a gata realmente já havia dado umas patadas nos enfeites, mas nada perto do que havia sido feito dessa vez).


A mãe (faz que) acredita, recoloca os enfeites, dá um pito na gata e sai da sala.

Sucesso!!! 
E a menina, ousada, resolve testar a eficácia de seu plano novamente. 
Só que desta vez a sorte não está ao seu lado e é pega no pulo. Recebe um castigo duplo pela estripulia e por ter colocado a culpa na pobre gata.


30 anos depois, em dezembro.

Casa decorada para o Natal. A menina desta vez tem 4 anos, olhinhos puxados, cabelinho de índia, porém ruiva, cara de sapeca.

A árvore de Natal não foi o alvo do plano infalível desta vez, apenas fazia parte do cenário.

A menina almoçava com o irmão. Na verdade, fingia que almoçava, pois não estava realmente interessada na comida.
Numa das muitas idas da mãe para a cozinha (almoço com criança é assim... Você senta para comer e eles querem mais suco, querem outro talher, querem guardanapo, enfim, umas 5 idas à cozinha é a média por refeição), a menina grita:

“Tomááááss, NÃO acredito que você fez isso!!!”

Imediatamente a mãe volta para verificar o ocorrido.

O prato da garota está completamente vazio. A comida está parte da mesa, parte no prato do irmão.
A mãe analisa a cena, olha para o menino, olha para a menina e depara-se com algo muito familiar... aquele olhar... Um olhar de garotinha sapeca, que pensou nos detalhes do plano, aproveitou o momento ideal e estava ali apenas aguardando para poder ver o outro levar uma bronca e poder exibir disfarçadamente um sorriso de satisfação. 

Porém...

“Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc, Sofia, pode esquecer, essa fui eu quem inventou e, te garanto, não dá certo!”

E a menina ficou ali com aquela cara de “como ela percebeu? Afinal, meu irmão é tão guloso... e tão desastrado...”

Pois é, a genética, a genética...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dança improvisada e uma conferida no chulé


Sofia A-D-O-R-A o fim do ano. 
Não apenas pela expectativa do Natal aproximando-se, dos presentes tão desejados, das férias... mas também porque começam os ensaios de danças na escola para serem apresentadas na festa de encerramento.

Como é sempre bem orientada pelas professoras a não estragar a surpresa, mostrando a dança antes para os pais, ela resolveu improvisar. 

Vejam abaixo o vídeo da dançarina muito criativa.
OBS: quase não consegui terminar a gravação, porque o Tomás ficou ameaçando um mergulho de cabeça no chão durante todo o vídeo, como vocês poderão conferir...







PS: mas aqui entre nós... ela não tem aguentado obedecer muito as professoras. Vira e mexe dá umas amostras fora de hora... mas eu disfarço e finjo que não percebi...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mais uma da séria "releituras"


Você conhece um desenho chamado "Cid, o cientista"? 
Lá em casa as crianças curtem bastante, mas deram outro nome para o personagem principal... "CID, O DENTISTA"!!!


***

"O Cravo brigou com a Rosa", por sofia:

"O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa DIPESTALADA"


***

E, para fechar, duas releituras de músicas da "Arca de Noé - Vinicius de Moraes", por Sofia e Tomás:

Leão:

Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Leão na caça (diurna) DE UMA 
Saindo a correr da (furna) FORMA
Leão! Leão! Leão! Foi Deus quem te fez ou não
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação

e

Peru:

Glu! Glu! Glu!
(Abram alas pro) A TOMADA DO peru!
Glu! Glu! Glu! 

(Abram alas pro) A TOMADA DO peru! 



Meus cantores!!!!