Programa favorito? Qualquer um que puder ser de pijama

Se me perguntarem o programa favorito do Tomás eu não preciso pensar, a resposta é fácil...  Qualquer programa, contanto que ele possa usar um pijama bem confortável com estampa de animais.

Duvidam? Vejam a alegria da criança na sexta-feira passada quando a programação foi tomar banho, colocar pijama e ficar em casa brincando:

E pra completar o um final de semana feliz, o que ele teve? Uma festa do pijama!!!!

Programa perfeito. Amigos, futebol e... pijama!

No dia seguinte, ao buscá-lo na festa, perguntei:

- Tomás, e aí, foi legal?
- Foi.
- Você conseguiu dormir?
- Não... nada.
- Nada? Por que?
- Porque eu fiquei na cabana com o Gael e ele não parava de falar. A voz dele não saía da minha mente!!!!

De que 2000 você é?

"Vó, você nasceu antes ou depois de Cristo?"

Com perguntas como essa (que, no caso, foi feita por uma amiga da Sofia à avó dela) nós vamos sentindo o quanto somos velhos na visão das crianças...

Lá em casa a depressão foi causada pela seguinte pergunta: "Mãe, em que dois mil você nasceu?". E eu, que antes achava super jovens aqueles que nasceram nos anos 70 e 80, comecei a me dar conta que se você não é dos 2000 já é antigo, muito antigo, antigo mesmo para a geração atual.

Pra dar aquela piorada na crise dos 40, ouço mais algumas perguntinhas fofas:

"Mãe, na sua época tinha televisão?"
"Na sua época tinha carro?"
"Na sua época tinha elevador?"
"Não tinha celular na sua época???". Essa é a que causa mais espanto. Porque viver sem carro, elevador, geladeira, fogão é ok. Porém, é impossível viver sem um celular. Eu tinha pager, será que serve?

* pergunta que lembrei após publicar o texto: "mãe, o mundo era preto e branco na sua época?"

Se para eles o que vem antes de 2000 é antigo, para mim o que vem depois está difícil de acompanhar. Sofia me convidou pra brincar de escolinha nesta semana. Temos uma "parede lousa" onde ela escreveu as tarefas e tentou, em vão, me explicar como fazer algumas contas. Fui uma péssima aluna de matemática. Em ciências fui aprovada.

Aula encerrada, mas não apagada da lousa, porque a professora achou que seria bom eu dar uma revisada em alguns pontos futuramente.

Mais tarde, Giva entrou em casa e deparou-se com aquela parede cheia de fórmulas e desenhos. A reação foi:

"Meus Deus, isso é muito THE BIG BANG THEORY (*)"

* para os leigos, uma série sobre um grupo de amigos nerds. Não sei se é da sua época...rs

O horário de verão

O texto é de 2012, mas, como novo horário de verão começando, noto que quase nada mudou...

Tudo estava começando a ficar na mais santa paz em casa. Criançada entendo bem os horários de comer, brincar, tomar banho, dormir. Eis que começa o horário de verão…

Desde que Sofia nasceu, em 2008, a época do horário de verão tornou-se um pequeno tormento.

Todo bebê (creio eu… pelo menos com os meus dois foi assim)  é cheio de rotinas, de horários pra acordar, mamar, dormir, tomar banho. Demora, mas tem um momento em que tudo começa a funcionar tão bem que você consegue até dormir.

Mas a pobre mãe, que normalmente fica com a memória bem ruim devido ao cansaço, não se lembrava que em outubro ele surge. O horário de verão. O interminável horário de verão.

Está certo que ele proporciona passeios mais agradáveis no meio da manhã, sem aquele calorão… e brincadeiras no fim do dia, ainda com o sol presente, dando aquela sensação de que estamos em férias... Porém, normalmente não estamos em férias nesta época. Nada de férias e adeus rotina tão arduamente conquistada. E vamos à luta, batalhar pela reorganização dos horários, tentar tirar os pequenos da cama antes que o café emende com o almoço, tentar fazê-los dormir antes que comece o “Programa do Jô” (obs: o texto é de 2012, Programa do Jô nem existe mais...)

E então, pra completar, a criança começa a tentar entender porque está saindo da escola às 19h e ainda tem sol. “Ué, mãe, mas é dia, por que você já veio me buscar?! É seu rodízio?”. Percebam que a mãe em questão já passou pelo momento de explicação do que é o dia do rodízio de carros em São Paulo. Agora, respira fundo e tenta fazer a pequena entender por que adiantamos em uma hora os relógios.

Confesso que ainda não estou sendo bem sucedida. Todo dia a pergunta sobre o rodízio se repete. E quando chega 3ª feira é um alivio, pois é possível responder simples e diretamente: “Sim, vim cedo porque hoje é rodízio, filha”.

Mas, quem sabe, até fevereiro tudo entra nos eixos lá em casa e a criançada entende um pouquinho esse "roubo" de uma hora no relógio. Bom, mas daí já estará na hora de mudar tudo de novo…