quarta-feira, 16 de maio de 2018

Cabelo cresce... mas demoraaaa

Imagino que quase todo mundo já passou por isso... 
Um belo dia você acorda decidido a mudar, ter um visual novo, quase sempre porque é um corte da moda. Nem sempre combina com seu rosto ou com seu tipo de cabelo.

Quando eu tinha 11 anos, tinha um cabelão cacheado, com corte reto, mas a moda da época era o repicado. Sem refletir muito, tive a sensacional ideia de me jogar com tudo na moda. Fui com minha avó ao salão, feliz e decidida. Achei o máximo a técnica do corte em que o cabeleireiro puxava todo o cabelo pro alto e cortava as pontas, soltava e, mágica (!), tudo repicado no melhor estilo "capacete". Estava uma porcaria, mas eu adorei. Talvez tenha gostado mais da técnica do que o corte em si, porque cheguei em casa e resolvi dar uma retocada. Peguei a tesoura e finalizei o estrago. Só lembro da minha mãe chegando em casa e indo, curiosa, ver como tinha ficado o "repicado". Ao se deparar com meu cabelo todo desigual (porque nesse dia eu tive a certeza de que não nasci para ser cabeleireira, pois simplesmente destruí meu cabelo, não tinha salvação), arregalou os olhos e falou: "o que você fez?!!! Vai ter que cortar isso!!!". Eu tentei argumentar, dizendo que pra mim estava bom, mas foi em vão. No dia seguinte voltamos ao cabeleireiro e ganhei um belo corte "joãozinho", curto, curto, curto mesmo!!!! 

Assim, aos 11 anos, eu tive que encarar a ida à escola com aquela radicalização de visual (eu era a única menina de cabelo curto da turma) não exatamente escolhida por mim... Sobrevivi.

Como já contei um pouco anteriormente no blog,,,


... Tomás, 7 anos, decidiu trocar seu cabelo cacheado por um estilo "jogador de futebol", raspadinho e com desenho de um raio na lateral. Fui tentando adiar a ida ao cabeleireiro, mas ele insistia... Acabei cedendo e lá fomos nós para a mudança de visual. Durante o corte, ele estava mais interessado no jogo de videogame do salão do que no cabelo. Ao final, percebi que estava retraído, se escondendo pelos cantos, mas achei que só estava passando por um momento de timidez, que é comum de acontecer com ele. Porém, os dias foram passando e ninguém viu mais o cabelo do Tomás. Ele colocou em uso todos seus modelos de touca... de lã, de monstrinho amarelo e de tubarão. Fofo, mas não deve estar sendo confortável, porque, apesar de estarmos no outono, tem feito bastante calor.

Então, há alguns dias, ao terminar seu banho, Tomás me pediu ajuda para se secar. Enquanto enxugava seu cabelo, aproveitei para tocar no assunto, que ele evita a todo custo, ameaça chorar se insistimos em perguntar algo a respeito do novo corte.

- Tomás, já faz uma semana que você cortou o cabelo, já cresceu um pouco, sabia?! 

Ok, eu forcei... Estava igual, mas eu não aguento mais vê-lo de touca dia e noite. Continuei:

- Está bonito. Você não vai parar de usar touca?
- Não.
- Mas você pretende usar touca até quando?
- Até meu cabelo ficar assim de novo - Disse ele, fazendo um gesto ao redor da cabeça mostrando o cabelo volumoso, estilo "black power".

Bom, então, como vocês podem perceber, teremos uma longa temporada de Tomás de touca...









Meu irmão, minha mãe e eu (com meu cabelo curto)