segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Tomás, telefone, minha casa

Ontem Tomás foi dormir na casa de um amigo do colégio. No portão do prédio, na despedida, fiz todas as recomendações básicas para que se comportasse, fosse educado, cuidasse das suas coisas....blábláblá... Pra finalizar, e tentar descontrair, falei:

- Olha, se você precisar, peça para alguém me telefonar para você falar comigo.

Nessa hora me veio em mente o E.T. triste com saudades da família dizendo "E.T., telefone, minha casa". Mas Tomás não estava nessa sintonia, não foi tocado por meu sentimentalismo e continuou a conversa:

- Mas por que eu ia precisar te ligar?!
- Ué... se de repente batesse uma saudade incontrolável, sabe?!

Uma pausa dramática, ele riu e ele respondeu:

- Ah, entendi. Tá certo. Te ligo então, mãe. Daí você toca a campainha de casa para a Onze latir e eu matar as saudades dela.