quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Caxumba


Sonhei que estava com caxumba e uma bochecha giganteeee. No auge do desespero, já pensando que eu poderia passar para a Sofia e o Tomás (nem no sonho mãe relaxa!), que seria aquele caos completo, o despertador tocou...

Eram 5:20 da manhã, muito frio, dia de rodízio, de correria... e, pra piorar, dia de dentista logo cedo... Confesso, esse sim, um dos meus maiores pesadelos, desde criança. Desculpe minhas queridas amigas dentistas, não é nada pessoal mesmo! São apenas traumas infantis não superados. Explico..

Com 8 anos eu era uma criança radical (embora digam o contrário!). Numa tarde de brincadeiras no prédio, resolvi apostar corrida de bicicleta com amigos. Até aí, tudo ok. Porém, a largada da corrida era na rampa da garagem!!! Pois é, vejam que eu sou do tempo em que deixavam crianças brincarem em qualquer lugar do prédio, nas escadas de incêndio, no jardim e até na garagem. A gente também andava tranquilamente sem cinto de segurança nos carros ou íamos no "chiqueirinho", nome divertido para porta-malas aberto. Concluo que sou de uma geração de sobreviventes.

Voltando à rampa da garagem, eu resolvi pedalar o mais rápido possível para tentar ganhar a corrida. Não ganhei. Perdi o equilíbrio, voei em direção a um carro estacionado, me ralei toda, quebrei o dente da frente, precisei fazer tratamento de canal, clareamento... O tratamento dentário foi uma novela, só sendo finalizado após 3 tentativas diferentes de dentistas, com o detalhe que fui expulsa do primeiro, porque mordi sua mão (ele é amigo da família até hoje, mas não sei se tem boas lembranças de mim).
Enfim, traumas à parte, o que importa é que hoje acordei aliviada, embora tivesse uma consulta agendada bem cedinho. Olhar no espelho e notar que a bochecha de caxumba ficou só no pesadelo tornou a ida ao dentista o menor dos meus problemas.

Valeu, pesadelo, você facilitou a minha vida e a do dentista no dia de hoje!
Ah! hoje não mordi ninguém!